quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tran Chan


“Estão voltando as flores” é ambientado nas décadas de 40 e 50, quando o Rádio – principal veículo de comunicação de massa da época – tinha um papel fundamental no cotidiano das famílias brasileiras. Nesse período, conhecido como a “Era do Rádio”, aconteceu a “Época de Ouro” da música popular brasileira, marcada pelos programas de auditório. Platéias lotadas de fãs que iam acompanhar a interpretação de suas cantoras preferidas, em disputas acirradas, que valiam o título de “Rainha do Rádio” do ano. Eram as flores: Linda e Dircinha Baptista, Emilinha Borba e Marlene – que se destacaram por suas marchinhas carnavalescas, carregadas de alegria e espírito de carnaval brincante – Carmélia Alves – a rainha do baião – e também as flores Dolores Duran, Nora Ney, Isaurinha Garcia, Dalva de Oliveira e Ângela Maria – que com suas canções construíram um universo feminino romântico, melancólico, nostálgico e dramático.
No elenco do espetáculo, estão as flores: Cyça López, Karina Ferro, Leila Gomes, Lulu Pugliesi e Sissi de Melo, com direção de Karina Ferro e Karime Nivoloni.

A companhia de Dança Tran-Chan vem trabalhando desde a década de 80, quando realizou seu primeiro espetáculo coreográfico, ‘Exatamente Mais ou Menos”, parte de uma trilogia que foi desenvolvida nos três anos seguintes à fundação do grupo: “Quase com Certeza” e “Muito Pelo Contrário”, consolidaram uma linha de trabalho que dotou a companhia de um estilo próprio, marcado por uma busca estética fundamentada na liberdade interdisciplinar, que conferiu à companhia uma assinatura e o reconhecimento do público confirmado nas criações seguintes: “Over-Gose”, “A Espera”, “A Ponto de...”, “Sombra”, “Prosa Caótica”, “Dance Box” e “Coisas Mudas”.

“Coisas Mudas”-1997, “O Que o Olho Diz ao Cérebro”- 1999, “Do lado de dentro”-2000 e ”Brancos e Augustos”-2002 receberam destaque na retrospectiva do jornal A Tarde como uma das cinco melhores produções do ano, em ’97, 99, 2000 e 2002.

Nesses anos de atividade, a companhia contribuiu na formação de uma geração de bailarinos e coreógrafos que se preocupam em pensar a arte de modo ousado, porém coerente, o que é motivo de orgulho para seus fundadores, além do reconhecimento da crítica e do público.

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